O Festival MATE – Música Arte Tecnologia e Educação já tem datas para a segunda edição. De 19 a 22 de outubro, editoras de música, diretores de sala, produtores de festivais, curadores e artistas, portugueses e de vários outros cantos do mundo, vão juntar-se ao público, em Coimbra, para quatro dias de um evento que pretende potenciar a diversidade cultural e artística, promovendo um território, também diverso, como é o da Região de Coimbra.

Depois do sucesso da primeira edição – algum visível, como os cerca de três mil participantes, e outro menos visível, como o número de contactos, parcerias e espetáculos potenciados pelo festival – Eron Quintiliano, a alma do MATE e responsável pelo seu nascimento, há mais de 20 anos, em Porto Alegre no Brasil (ver texto nesta página) acredita que esta segunda edição poderá trazer mais do dobro de pessoas a Coimbra e à região, consolidando, com algumas novidades que estão a ser preparadas, o seu papel de promotor e potenciador das industrias criativas e artísticas, do mundo, mas em particular do universo dos países de Língua Portuguesa.

Sem querer desvendar muito do que será esta edição, Eron Quintiliano confirma que o MATE far-se-á notar na região muito antes do mês de outubro, estando a ser preparadas, entre muitas outras propostas, residências artísticas nos 19 municípios da CIM Região de Coimbra a criar performances que, depois, serão apresentadas em Coimbra durante o festival.

No imediato – mais propriamente esta semana – vai acontecer o primeiro grande momento da 2ª edição: a abertura das convocatórias para todos os artistas que tenham propostas de projetos a apresentar durante o festival. «As convocatórias estão divididas em quatro grandes categorias: Música, Arte, Tecnologia e Educação e a ideia é que possamos receber as mais variadas propostas: artísticas, criativas, empreendimentos, pesquisas…», confirma Eron Quintiliano, convidando todos quantos tenham «projetos inéditos, contemporâneos» para que os enviem (ver www.matefestival. com) candidatando-se a fazer parte da história desta edição do MATE, com a sua proposta exposta durante o festival.

Os melhores projetos serão selecionados de duas formas: por votação pública – os próprios artistas e criativos podem divulgar os seus projetos, que estarão igualmente a votação no site do MATE – e através de avaliação dos curadores do festival, «pessoas de relevância, referência nos vários setores, formadores de opinião» que apontarão os projetos vencedores.

MATE terá feira para expor projetos vencedores
«Vamos investir, nesta edição, numa área expositiva, numa feira, onde todos estes artistas poderão expor o seu trabalho», adianta o responsável, falando num espaço onde será possível, também, exibir filmes, documentários e tornar visíveis todos os trabalhos selecionados através destas convocatórias. Candidatar-se prevê o pagamento de uma taxa de 19 euros que, para os que forem selecionados, dá também direito a participar em atividades de capacitação, workshops, mentoria, rodadas de negócio, além de contarem com ajuda logística.

Para os que não forem selecionados, fica o direito a um acesso livre a todo o festival e, através disso, «ampliar as redes de contactos e a sua capacidade, partilhar experiências e até experimentar parcerias», confirma Eron Quintiliano. A única condição é que seja maior de 18 anos. De resto, «pode viver em qualquer parte do mundo», diz o responsável, muito confiante numa participação intensa nestas convocatórias, até mesmo tendo em conta a experiência da primeira edição.

«Recebemos mais de 10 mensagens por dia no nosso Instagram de pessoas interessadas em fazer-nos chegar o seu projeto. Na primeira edição, abrimos convocatória para os showcases e em apenas 10 dias chegámos às 500 inscrições», confirma.

As inscrições nas convocatórias decorrem até ao início de julho, decorrendo, até ao final do mês a votação dos projetos e a escolha dos curadores. No final de julho serão anunciados os projetos vencedores.