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Paisagens de Batalha. Fotografia

Exposições de Artes Visuais

SINOPSE: De Eros e Tánatos todas as poetas escreveram, e logo que foi? Chamamos às portas, a ver se abrem. Alguém abrirá os olhos, desgarrar corações isso já seria a hóstia. Para isso precisamos nudez, sim, nudez, para rachar os vestidos da TVE faz faia loucas, muitas loucas e começar o baile, apertando fios até deformar o gesto. Na aresta côncava do verso perdi-me no horizonte, cair sobre as rochas, dói. E pincham as lapas cravadas, esvaram e marcam feridas, abertas as veias, ressoar da madrugada. Como deixamos murchar o musgo, como? Como deixamos encher de lodo os rios, como? Como deixamos… E amamos com todas as forças, porque o frio aperta peitos, agoniza e foge a vida, cinco centos golpes a 250 km/h, o olhar vazio no silêncio nu, a dor e o desejo, companheiras de naufrágio. E o bote a rebocar a agua toda, reduz e reduz, reduz mais até botar todo fora, todo o fume fora.

BIOGRAFIA: Xandra Táboas Martínez (Galiza. Vigo, 1982). Criadora e investigadora artística. De formação autodidata a través de aulas intensivas e talheres pontuais orientados à criação desde diferentes enfoques e ferramentas: poesia, instalação, artes do movimento e de ação, fotografia, vídeo criação. Os seus interesses criativos orientam-se cara a uma perspetiva de classe e inclusiva de género, política e social, comunitária e horizontal. Investigação desde o corpo, a voz e a criação de imagens de carácter poético e performativo, signo e símbolo enraizado num especial interesse na teoria comunicativa e social. Uma obsessão: os marcos que encaixilham, classificam, conformam e excluem.

DESCRIÇAO: A meio caminho entre a performance e a fotografia de retrato, “Paisagens de Batalha” conecta com os conceitos do Feminismo Comunitário Latino-americano de “corpo como campo de batalha” e “a defensa e luta pela vida como centro”, tendendo unha ponte com a luta pela defensa do território dos povos indígenas a través da denúncia sobre o espólio dos recursos naturais e atentados contra-natura em território galego baixo interesses económicos de multinacionais estrangeiras. Más, em general, o projeto reflexiona sobre a identificação “corpo-natureza” / “humanidade-ecossistema”, rompendo com a desnaturalização humana própria de sociedades avançadas tecnologicamente e assentadas em cidades, que provocam a indiferença sobre o valor intrínseco do ecossistema em relação direita com a própria existência. Também denúncia o aproveitamento dos recursos naturais sem medida, limitação e retorno, vistos como meros produtos ao serviço humano, ao serviço da economia de mercado global neoliberal em nome dum suposto progresso que põe em xaque a sustentabilidade de toda forma de vida conhecida com a destruição das condições ótimas, físicas e químicas, que a possibilitam, com o atentado contra a boa saúde do ecossistema, indispensável para a nossa supervivência humana na terra.

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